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Hugo Silva

ambiente

Combate à Poluição Luminosa

Criação de legislação que regulamente a utilização de iluminação exterior com o objectivo de combater a poluição luminosa
27 Agosto 2009
Uma das mais ignoradas formas de poluição do mundo moderno é a Poluição Luminosa. A poluição luminosa é o efeito produzido pela utilização de candeeiros e projectores que por má concepção ou instalação desempenham de forma ineficiente a sua função de iluminar as zonas em que se encontram instalados, emitindo um fluxo luminoso para além da sua área de influência, concretamente para cima e para os lados, com efeitos nocivos no meio ambiente, populações, economia e na   continuar a ler a proposta continuar a ler a proposta
Uma das mais ignoradas formas de poluição do mundo moderno é a Poluição Luminosa. A poluição luminosa é o efeito produzido pela utilização de candeeiros e projectores que por má concepção ou instalação desempenham de forma ineficiente a sua função de iluminar as zonas em que se encontram instalados, emitindo um fluxo luminoso para além da sua área de influência, concretamente para cima e para os lados, com efeitos nocivos no meio ambiente, populações, economia e na visibilidade do céu nocturno.

Aves, morcegos, e outros animais de hábitos nocturnos desorientam-se devido à presença de iluminação mal concebida, acabando por se desviar dos seus habitats acabando por embater em obstaculos que não conseguem detectar devido ao encadeamento, por vezes com consequências fatais.
Também os seres humanos são influenciados pela constante exposição à luz, com estudos recentes a evidenciarem uma relação entre o uso exagerado de iluminação nocturna e a qualidade de vida das populações expostas a tais condições, sofrendo alterações nos seus ritmos biológicos que provocam distúrbios de sono, fadiga e stress. Outros estudos demonstraram também que iluminação mal concebida em espaços publicos, pode levar a um aumento da criminalidade e vandalismo devido à dificuldade acrescida na detecção de suspeitos pelas forças da ordem.
Económicamente a utilização de luzes que iluminam áreas desnecessárias (ou até mesmo candeeiros virados para cima, para o céu) traduz-se num desperdiçar de mais de 50% da energia eléctrica consumida, com impacto directo nas emissões de CO2 e nos cofres públicos.
Também a herança cultural que constitui o céu nocturno, fonte de histórias milenares em que boa parte da nossa mitologia assenta, se perde banhado em iluminação artificial desperdiçada, privando as gerações actuais e futuras de usufruir da imensa riqueza cultural deixada pelos nossos antepassados.

Pretendo com esta proposta alertar a sociedade e o governo para a necessidade de elaborar legislação que regule a utilização de iluminação exterior de modo a combater esta forma ainda pouco conhecida de poluição, através da
- abolição de candeeiros ineficientes, em que apenas uma fracção do seu fluxo luminoso serve efectivamete para iluminar
- adopção de medidas que limitem o funcionamento de iluminação exterior nas horas de menor actividade humana (das 0h às 5h)
- regulamentação do uso de iluminação em espaços privados de modo a limitar o fluxo luminoso aos limites da propriedade, e limitação da intensidade luminosa autorizada
- limitação da instalação de iluminação publica a áreas em que de facto esta seja útil à actividade humana

Mais informações sobre o tema podem ser recolhidas nos seguintes sítios:
- Uma análise técnica da autoria do Astrónomo Amador Guilherme de Almeida - http://clientes.netvisao.pt/umendonc/Poluicao_Luminosa_GAlmeida.pdf
- International Dark Sky Association - http://www.darksky.org/
- 9º simpósio europeu para a protecção do céu nocturno - http://www.lightpollution2009.eu/
- Site da campanha "Need Less" - http://www.need-less.org.uk/
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Sr. Paulo Ribeiro. É muito interessante o seu pontod e vista pois demonstra bem oq ue até pessoas relativamente esclarecidas sentem quando se aborda este tópico. A segurança dos cidadão não está nem pode estar compremetida ao falarmos deste ou de qualquer outro tópico. continuar a ler o comentário
Sr. Paulo Ribeiro. É muito interessante o seu pontod e vista pois demonstra bem oq ue até pessoas relativamente esclarecidas sentem quando se aborda este tópico. A segurança dos cidadão não está nem pode estar compremetida ao falarmos deste ou de qualquer outro tópico. O que se quer fazer aqui é iluminar melhor. Iluminar mais para que o cidadão tenha ainda maior segurança e ao mesmo tempo que o desperdício seja menor. Que a factura que o contribuinte (cidadão que quer estar seguro) tem que pagar involuntariamente. Com este desperdício anulado facilmente poderemos dispender mais onde a luz faz efectivamente falta.

Leia os textos dos links apresentados e repare que os globos de iluminação publica esféricos são a pior das opções pois uma boa porção da luz que se quer dirigida para o solo (porque os cidadão que querem segurança não voam,e como tal a luz não é necessária no céu :) ). Uma boa luminária (candeeiro tem mais aproveitamento energético e ilumina aquilo que é suposto iluminar. Não queria que esta posição (à minha aprte) fosse de algum modo considerada fundamentalista mas sim como uma chamada de atenção para que as futuras impelmentações possam já usufruir deste conhecimento que tem sido descurado e que, com o tempo, os candeeiros e outros pontos de iluminação pública que forem sendo substituidos, o possam ser da melhor maneira possível. Espero etr podido ajudar a esclarecer a sua questão.

José Canela

Canela 31 Agosto 12h03

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Mais do que deixar de ver estrelas ( eu sou astronomo amador ), preocupa-me os impactos energetico-ambientais. No entanto, a luz também está enraizada na cultura do ser humano. Vamos ver se não trocam as lampadas incandescentes por LED's, já que isso seria um poupar energético continuar a ler o comentário
Mais do que deixar de ver estrelas ( eu sou astronomo amador ), preocupa-me os impactos energetico-ambientais. No entanto, a luz também está enraizada na cultura do ser humano. Vamos ver se não trocam as lampadas incandescentes por LED's, já que isso seria um poupar energético incomensurável, mas não resolvia o problema visual.

Ciberjohn 31 Agosto 11h55

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Muito bem! Poupa-se na factura energética... e ambiental :)

Verdocas 28 Agosto 11h32

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Ao contrário do que é geralmente assumido, a iluminação nocturna dos espaços publicos não contribui para uma redução do vandalismo e outras actividades criminosas. Neste artigo de 2007 no The New Yorker http://www.newyorker.com/reporting/2007/08/20/070820fa_fact_owen continuar a ler o comentário
Ao contrário do que é geralmente assumido, a iluminação nocturna dos espaços publicos não contribui para uma redução do vandalismo e outras actividades criminosas.
Neste artigo de 2007 no The New Yorker http://www.newyorker.com/reporting/2007/08/20/070820fa_fact_owen (mais exactamente na página 2) podemos ler a opinião de um especialista, que diz que a iluminação é mais eficiente a prevenir o crime se permitir ver a actividade criminosa a decorrer e se não ajudar os criminosos nas suas actividades. Alguém na escuridão total com uma lanterna, ou que active uma luz munida de um sensor de movimento dá muito mais nas vistas do que uma pessoa num local completamente iluminado.
No mesmo artigo podemos ler que nos anos 70 as escolas publicas de San Antonio, Texas, começaram a desligar por completo a iluminação nocturna dos edificios, parques de estacionamento e outras propriedades, assistindo como consequencia a uma redução dramática do vandalismo

Assim, a utilização de luzes activadas por movimento, que se acendem apenas quando alguém entra no seu raio de acção, permitindo de forma muito eficiente detectar movimentos suspeitos durante a noite, ou até mesmo a simples redução da iluminação nas horas de menor actividade humana, acompanhada da utilização de candeeiros concebidos de modo a impedir o desperdicio de fluxo luminoso, são medidas que se podem adoptar com nenhum impacto na segurança das propriedades ou populações. Também desactivação da iluminação decorativa de monumentos, edifícios, estátuas, jardins, etc. fora do horário normal de actividade é uma medida que não tem impacto na segurança, e que ao mesmo tempo assegura a manutenção das funções dos equipamentos, sejam elas turísticas, lúdicas, ou outras.

Hugo Silva 28 Agosto 9h49

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Tenho dúvidas em relação ao ponto
- adopção de medidas que limitem o funcionamento de iluminação exterior nas horas de menor actividade humana (das 0h às 5h)
Que medidas existem, que não coloquem em causa a segurança dos cidadãos?

Paulo Ribeiro 27 Agosto 17h55

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