É certo que a criança tem os seus direitos. Mas a publicidade da "skip" por exemplo, foi feita a pensar na antiga "cultura de brincadeiras de rua". As crianças divertiram-se imenso, e foi por uma boa causa. Depende então, de como é formalizada. Já existem formações para crianças no sentido de compreenderem e estarem preparados para a publicidade dos media :) No entanto, a questão colocada é fundamental.

Para o meu gosto há publicidade a mais em todo o lado, no espaço público, nos média, nos eventos. Existe um lado "poluição visual" que raramente se discute. Penso que o cidadão tem direito a espaços sem publicidade. Não ser assaltado por publicidade a qualquer momento é um parámetro da qualidade de vida.

Agora há publicidades mais irritantes do que outros: a instrumentalização das crianças é uma destas. Muitas publicidades veiculam preconceitos sexistas ou conservadores que me irritam também. Mesmo assim, dificilmente há uma lei que nos proteja contra a estupidez.

Claro que a publicidade dirigida pode ser mais preocupante e também existe em quantidade q.b. a meu ver. Quanto à que refiro também não é inocente: sabe-se que as crianças influenciam cada vez mais as compras do agregado familiar, por um lado e, por outro lado a imagem de crianças felizes e sorridentes vende. É comercialismo a mais, a meu ver, onde as crianças são particularmente usadas.

Apesar do código da publicidade dizer isso, que problema tem as crianças participarem em publicidade para detergente, pegando no exemplo que deste?
Desde que não seja publicidade a tabaco - que já nem existe - ou a bebidas alcoólicas... Preocupa-me mais a publicidade dirigida a crianças, com crianças a participarem nela ou não, a alimentos ultra-calóricos e pouco saudáveis....