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30 Agosto 2009
As cidades portuguesas são muitas delas uma herança milenar, não só dos seus habitantes mas de todos os cidadãos, com o seu património local a pertencer a um património mais vasto que é o nacional, e este a pertencer ao da Humanidade. Por muito lírico que este pensamento possa parecer, não passaria pela cabeça de nenhum europeu que Veneza fosse transformada ao gosto de um autarca com problemas mentais e uma fixação por túneis ou rotundas ou que a privatizasse a um grupo de
continuar a ler a propostaAs cidades portuguesas são muitas delas uma herança milenar, não só dos seus habitantes mas de todos os cidadãos, com o seu património local a pertencer a um património mais vasto que é o nacional, e este a pertencer ao da Humanidade. Por muito lírico que este pensamento possa parecer, não passaria pela cabeça de nenhum europeu que Veneza fosse transformada ao gosto de um autarca com problemas mentais e uma fixação por túneis ou rotundas ou que a privatizasse a um grupo de investidores chineses para reconversão num parque temático.
Torna-se assim cada vez mais urgente regulamentação para aumentar os poderes de supervisão e intervenção do estado (em casos de enquadramento especial ou polémicos) nas obras públicas e nos negócios efectuados ao nível das autarquias a fim de impedir o delapidar selvático ou o simples crescimento caótico e de amadorismo atroz de cidades com um ordenamento duvidoso ou inexistente e disfuncional e muitas vezes simplesmente com intervenções de puro mau gosto. É, nesta perspectiva, também necessário lançar o debate acerca do "bom gosto" (tabu na sociedade portuguesa nos mais variados campos) na intervenção urbanística, bem como acções de formação dirigidas a quem nessa intervenção toma parte.